Jornalista veterana, Renata Ceribelli mergulha no debate sobre o envelhecimento em sua nova série no Fantástico, da Globo. A jornalista é a protagonista da temporada atual do quadro Prazer, Renata, iniciada em 6 de julho. Ao longo de quatro episódios, ela amplia a abordagem da longevidade, superando os limites da sexualidade e dando voz a experiências ainda marcadas por silêncios e estigmas.
Com mais de quatro décadas de carreira, Renata Ceribelli compartilha reflexões sobre sua trajetória profissional e o impacto da idade na televisão. “Comecei na TV com 21 anos. No início, repórter tinha que usar terno. Não podia mostrar o braço, usar brincos. A credibilidade precisava ser parecida com a dos homens”, afirmou. Segundo ela, o padrão visual foi se flexibilizando, mas o julgamento social sobre aparência e envelhecimento persiste.
A jornalista apontou a publicidade como principal agente da fixação por padrões estéticos. “A revolução do skincare, por exemplo, começou com o autocuidado, mas logo foi absorvida pela indústria, que passou a vender produtos e procedimentos. Eu também consumo isso. Não é uma crítica, é uma constatação”, observou em conversa com o Meio&Mensagem.
Renata Ceribelli defende que a transformação na forma como as mulheres são retratadas precisa partir delas próprias. “Um papel fundamental da mídia é mostrar a mulher de verdade. Mas não sei se isso vai acontecer de fora para dentro. Acredito que deve ser um movimento vindo de nós, mulheres. De nos gostarmos, de não exigirmos tanto umas das outras. De não olharmos para a mulher apenas como um mercado de consumo, como ainda acontece. Por isso, não dá para culpar a mídia completamente”, declarou.


